terça-feira, 10 de setembro de 2013


09/09/2013 20h37 - Atualizado em 09/09/2013 20h48

Grupo depreda prédios no interior de SP após morte de jovem durante blitz

Guarda disparou contra rapaz em Barrinha nesta segunda-feira (9), diz PM.

Moradores depredam veículos, invadiram a Prefeitura e ameaçaram PS.

Guarda disparou contra rapaz em Barrinha nesta segunda-feira (9), diz PM.
Moradores depredaram veículos, invadiram a Prefeitura e ameaçaram PS.

Do G1 Ribeirão e Franca
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Um grupo de moradores depredou veículos e prédios públicos em Barrinha (SP), dentre eles a Prefeitura e a Biblioteca Municipal, na tarde desta segunda-feira (9), depois que um jovem de 26 anos foi morto a tiros durante uma blitz da Guarda Civil Municipal realizada com uso desautorizado de arma de fogo, segundo a Polícia Militar. PMs de Ribeirão Preto (SP) foram deslocados à unidade mista de saúde da cidade em razão de uma ameaça de invasão ao local, onde a vítima dos disparos chegou a ser internada antes de morrer. A Secretaria Municipal de Governo abrirá sindicância para investigar o caso.
O soldador Tiago Antônio da Silva foi baleado após se desentender com um guarda municipal durante uma blitz. De acordo com o tenente coronel da PM Francisco Mango, a GCM foi até o local para averiguar uma denúncia de consumo e tráfico de drogas – que não teria se confirmado, segundo ele -, mas foi desacatada pelo soldador e por seus amigos. “A hora que chegaram para fazer a averiguação não foram respeitados e os próprios meninos e a população que estava ali em volta teriam atacado. Foi quando o guarda municipal tirou uma arma e efetuou alguns disparos”, afirmou.
De acordo com Mango, embora tivesse porte de arma, o guarda municipal que efetuou os disparos não poderia carregar uma arma consigo. “As denúncias sempre devem ser realizadas para a Polícia Militar. Isso é usurpação da função pública. Ele [guarda] pode até ter registro, mas não deveria estar usando a arma pela Guarda. Foi totalmente contrariando as leis, deveria ter comunicado a polícia”, disse. De acordo com o tenente, o guarda fugiu do local e não prestou esclarecimento à Polícia Civil até a publicação da matéria.
O jovem chegou a ser encaminhado para a unidade mista de saúde do município, mas não resistiu. “Devia ter guarda aqui para nos olhar, olhar a propriedade dos outros, não ficar matando o filho dos outros. Ele não tinha o direito de tirar a vida do meu filho”, afirmou Sueli Onório da Silva, mãe do soldador morto.
O soldador Tiago Antonio da Sil,va de 26 anos, foi morto durante bltz da Guarda Civil Municipal em Barrinha (Foto: Reprodução/EPTV)Tiago foi morto durante bltz em Barrinha
(Foto: Reprodução/EPTV)
A morte gerou revolta na cidade de 35 mil habitantes e resultou no apedrejamento de uma viatura e da sede da Guarda Civil Municipal, em uma motocicleta queimada, em invasões à Prefeitura, à Biblioteca Municipal e a veículos estacionados no Almoxarifado, além de um consultório odontológico com vidros quebrados e parcialmente incendiado - um dentista teve que ser resgatado com a ajuda do Corpo de Bombeiros.
Prefeitura
O secretário de Governo de Barrinha, Tadeu Giolo, informou que oito pessoas atacaram a Prefeitura e chegaram a levar computadores e celulares de funcionários, e até a arrastar um cofre, que não foi aberto. "Derrubaram tudo, fizeram um estrago, danos de grande monta em todas as salas", afirmou. Ele disse não saber da arma supostamente utilizada pelo guarda municipal e que será aberta uma sindicância sobre o caso.
Viatura da Guarda Municipal foi apedrejada e invasão a unidade de saúde foi cogitada após morte de jovem em blitz (Foto: Reprodução/EPTV)Viatura da Guarda Municipal foi apedrejada e invasão a unidade de saúde foi cogitada após morte de jovem em blitz (Foto: Reprodução/EPTV)

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