pedro_correiaMatéria de Veja deste fim de semana, trás uma dos mais emblemáticos entre os delatores da “Operação Lava jato”, trata-se do ex-deputado PPista Pedro Correia que vem desde os anos 70 roubando o país. O ex-deputado bandido dar detalhes da primeira vez que embolsou propina por contratos no extinto Inamps, ainda nos anos 70, até ser preso e condenado a vinte anos e sete meses de cadeia por envolvimento no petrolão, em 2015.
Segundo a matéria da revista, Pedro Corrêa admitiu ter recebido dinheiro desviado de quase vinte órgãos do governo. Isso vai de bancos a ministérios, de estatais a agências reguladoras – um inventário de quase quarenta anos de corrupção.
O ex-deputado revelou os métodos e nomes envolvidos em corrupção na política e no judiciário brasileiro.
Os relatos do ex-deputado podem comprometer aproximadamente 100 políticos, entre eles ministros, ex-ministros, deputados, senadores e ex-deputados e atuais ministros e ex-senadores. O ex-presidente do PP também revela fatos sobre o ministro do TCU Augusto Nardes, o senador Aécio Neves e o ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso.
Correia conta como era discutida a partilha de cargos no governo do ex-¬presidente Lula e, com a mesma simplicidade com que confessa ter comprado votos, narra episódios, conversas e combinações sobre pagamentos de propina dentro do Palácio do Planalto.
O ex-presidente Lula, segundo ele, gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras – da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos. Corrêa descreve situações em que Lula tratou com os caciques do PP sobre a farra nos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, o Paulinho.
Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulinho. Um grupo foi ao Palácio do Planalto reclamar com Lula da “invasão”. Lula, de acordo com Corrêa, passou uma descompostura nos deputados dizendo que eles “estavam com as burras cheias de dinheiro” e que a diretoria era “muito grande” e tinha de “atender os outros aliados, pois o orçamento” era “muito grande” e a diretoria era “capaz de atender todo mundo”. Os caciques pepistas se conformaram quando Lula garantiu que “a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho”. Se Corrêa estiver dizendo a verdade, é o testemunho mais contundente até aqui sobre a participação direta de Lula no esquema da Petrobras.