terça-feira, 10 de maio de 2016

Com medo de perder mandato, presidente da Câmara cai na real e revoga decisão que anulava sessão de impeachment


E o presidente interino da Câmara caiu na real….
Viu que foi usado e começou a sentir que seu cargo, assim como o de Eduardo Cunha, poderia descer pelo ralo.
Melhor desfazer o momento de loucura.
Da Folha:


Maranhão decide revogar decisão que anulou sessão do impeachment


PAULO GAMA
NATUZA NERY
DO PAINEL
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
  
Ofício assinado por Waldir Maranhão que, após publicado, revoga sua decisão de anular a votação do impeachment na Câmara

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu no final da noite desta segunda-feira (9) revogar a sua própria decisão de anular a sessão da Câmara que autorizou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
O recuo, confirmado pela assessoria de imprensa da Câmara, tem apenas quatro linhas, e já foi comunicado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Horas antes, Maranhão havia informado a sua decisão a deputados do PP, o seu partido.
“Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016, por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados ocorridas nos dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou sobre denúncia por crime de responsabilidade número 1 de 2015”, diz o texto de sua decisão.
Integrantes do governo se dirigiram, por volta da meia noite, à casa de Maranhão para tentar demovê-lo da ideia, mas não conseguiram.
Entre outras coisas, pesou em sua decisão a forte reação na Câmara, cuja maioria dos partidos decidiu convocar uma sessão à sua revelia para revogar o seu ato nesta terça (10). O seu próprio partido, o PP, o ameaçava de expulsão.
Maranhão tinha relatado a interlocutores o receio de, por causa da decisão, ser expulso do PP e, consequentemente, perder seu mandato.
Renan Calheiros também havia decidiu mais cedo ignorar o cancelamento da sessão e dar sequência à tramitação do pedido de impeachment na Casa.
A decisão é um revés para Dilma, que pretendia usar a decisão de Maranhão para pedir ao Supremo que paralisasse o rito do impeachment.

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