domingo, 12 de junho de 2016

Atirador abre fogo em boate gay em Orlando e deixa mortos e feridos

12/06/2016 04h45 - Atualizado em 12/06/2016 12h07

Incidente ocorreu em Orlando às 3h (horário de Brasília) deste domingo.
Segundo a polícia, 50 morreram e 53 ficaram feridos.

Do G1, em São Paulo
Um atirador abriu fogo dentro de uma boate voltada ao público LGBT em Orlando, na Flórida, nos Estados Unidos na madrugada deste domingo (12). A polícia diz que há cerca de 50 mortos no interior da casa, chamada Pulse, e pelo menos outras 53 pessoas ficaram feridas.
O agressor morreu durante troca de tiros com a polícia. O Itamaraty afirmou que, por enquanto, não há registro de brasileiros entre as vítimas. Segundo a Associated Press, é o pior tiroteio em massa da história dos EUA.
O caso é investigado pelo FBI como um possível ataque terrorista doméstico, considerando que o suspeito poderia ter "inclinação" pelo terrorismo islâmico, segundo os agentes federais.
A mídia americana divulgou a identidade do suspeito como Omar Saddiqui Mateen, mas a polícia ainda não confirmou a informação. Segundo o senador Alan Grayson, o suspeito é americano, mas sua família é de fora do país.
"Tivemos uma possível identificação, mas não conseguimos dizer exatamente quem é o suspeito", afirmou o porta-voz do FBI durante entrevista coletiva.
Hospitais locais, que ativaram um plano de emergência, afirmam que algumas vítimas estão em estado crítico e que tentam descobrir nomes de vítimas e dar informações às famílias.
O presidente da sociedade islâmica local participou de uma coletiva de imprensa junto com autoridades e disse que se tratou de uma ação individual, que não está ligada a redes terroristas. Ele elogiou o trabalho da polícia e prestou solidariedade às famílias das vítimas.
Ataque a boate
A policia de Orlando informou que foi chamada por volta das 2h (3h de Brasília) e, quando agentes chegaram à boate, houve troca de tiros do lado de fora e o atirador voltou para dentro e fez reféns por algumas horas.
"Às 5h nesta manhã, foi tomada a decisão de resgatar as vítimas mantidas reféns dentro do local. Nossos policiais trocaram tiros com o suspeito. O suspeito está morto", disse o chefe de polícia de Orlando, John Mina.
Para entrar na casa noturna, a polícia realizou uma "explosão controlada" com ajuda de uma equipe da Swat. Ao menos um policial ficou ferido no tiroteio com o agressor, mas a ação da polícia salvou ao menos 30 vidas, disse Mina.
Não ficou claro quando as vítimas dentro do clube morreram, se foi antes, durante a tomada de reféns ou no confronto entre o atirador e a polícia.
O suspeito portava um fuzil AR-15 e uma arma de pequeno porte, além de um "dispositivo" não identificado implantado nele. O Corpo de Bombeiros deslocou uma equipe de desativação de artefatos explosivos, indicou o jornal local "Orlando Sentinel".
A polícia informou que um policial ficou ferido na ação.
Segundo caso em Orlando
O caso ocorre um dia depois da morte da cantora Christina Grimmie, assassinada após fazer um show também em Orlando. Kevin James Loibl, de 27 anos, foi identificado como autor dos disparos. A polícia acredita que os dois casos de violência não estão relacionados.
Policial orienta família a ficar longe da boate alvo do atirador em Orlando, nos Estados Unidos (Foto: Phelan M. Ebenhack/AP Photo)Policial orienta família a ficar longe da boate alvo do atirador em Orlando, nos Estados Unidos (Foto: Phelan M. Ebenhack/AP Photo)
Relatos da Pulse
"Por volta das 2h, alguém começou a atirar. As pessoas se jogaram no chão", contou um dos frequentadores, Ricardo Negron, à Sky News. A testemunha disse ter ouvido disparos contínuos por quase um minuto, embora tenha parecido muito mais. "Havia sangue por toda a parte", disse outra testemunha.
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Onde fica a boate

Javier Antonetti, de 53 anos, disse ao jornal Orlando Sentinel que estava perto da parte dos fundos da boate quando ouviu tiros. "Houve tantos (tiros), ao menos 40", disse.
Rosie Feba estava com uma amiga quando os disparos começaram. "Ela me disse que alguém estava atirando. Todo mundo se jogou no chão", contou ao jornal "Orlando Sentinel".
"Disse a ela que não acreditava, achei que fosse parte da música, até que vi fogo saindo da arma."
A boate Pulse, que se apresenta em seu site como "o bar gay mais quente de Orlando", publicou no Facebook uma última mensagem urgente: "Todos saiam da Pulse e continuem correndo".
"Assim que tivermos informações, os atualizaremos. Por favor, tenham todos em suas orações enquanto afrontamos este trágico evento. Obrigada por seus pensamentos e amor", acrescentou o clube em outra mensagem nessa rede social.

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