quarta-feira, 7 de junho de 2017

Vídeo exclusivo da Record TV mostra agentes de presídio da PB atirando contra presos


Imagens divulgadas no Jornal da Record dessa terça-feira (6) mostram o momento em que agentes da Penitenciária Flósculo da Nóbrega, no bairro do Roger, em João Pessoa, atiram contra detentos. Na ação, que aconteceu em agosto do ano passado, um detento morreu e outros três ficaram feridos. Comente no fim da matéria.
Na época, o governo estadual e a direção do presídio alegaram que houve um motim entre os presos e que os agentes agiram para conter um provável início de rebelião. Eles também dizem que apenas armas não letais foram utilizadas.
Porém, a reportagem exclusiva da Record TV questiona a versão institucional. As imagens do início da madrugada do dia 25 de agosto mostram um grupo de agentes em visível estado de agitação no pátio do presídio. Eles circulam armados e entram em uma galeria de celas. Outros funcionários se aproximam para participar da ação, entre eles um dos diretores da unidade prisional. A reportagem não divulgou o nome do gestor.
Depois de alguns minutos, o grupo sai correndo da galeria. Do lado de fora, um dos agentes atira contra as celas. Em seguida, ele vai ao pavilhão vizinho e dispara mais tiros. Os agentes se dividem e mais tiros são efetuados próximos a outra galeria de celas. Um detento ferido é retirado de uma cela por agentes, mas só é socorrido minutos depois, quando outros presos o carregam nos braços. A vítima era Igor Emanuel Cavalcanti, que não resistiu aos ferimentos e morreu instantes após dar entrada em um hospital. Outros três detentos ficaram feridos na mesma madrugada.
A Record TV destaca que já se passaram 10 meses e o caso continua sem punição. A reportagem também fala em crise no sistema penal da Paraíba e cita a morte de sete adolescentes em rebelião no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, no último fim de semana.
“A Secretaria da Administração Penitenciária da Paraíba sustenta que houve motim e abriu inquérito para investigar o caso. Dez meses depois, os agentes penitenciários ainda estão sendo ouvidos”, conclui a reportagem.

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