sexta-feira, 5 de abril de 2019


Lula fica em silêncio em depoimento à PF

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou em silêncio durante depoimento prestado hoje (5) na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde está preso.
Segundo a defesa, Lula não teve acesso antecipado ao conteúdo da investigação. Na oitiva, a PF pretendia questionar o ex-presidente sobre o conhecimento dele da suposta cobrança de propina em contratos de navios-sonda da Petrobras e nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. 
Em março, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente e suspendeu o mesmo depoimento.
Na decisão, Fachin concordou com a defesa e determinou prazo mínimo de cinco dias úteis para que os advogados possam analisar os processos antes do depoimento.
A defesa de Lula, desde sua prisão em abril de 2018, reitera a inocência dele e diz que ele não cometeu crimes em momento algum. O ex-presidente também afirma que não cometeu irregularidades.
Lula está preso desde 7 de abril do ano passado, após ter sua condenação confirmada pelo TRF4, que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão ao ex-presidente, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no processo do tríplex do Guarujá (SP). 
Agência Brasil

Com fim de semana sem direito a visitas ou banho de sol, Lula completa um ano preso neste domingo

Lula completa um ano preso pela Lava Jato (Foto: Reprodução/AFP)
Neste domingo, 7, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) completará um ano atrás das grades do prédio da Polícia Federal, em Curitiba. Sem direito a visitas ou banho de sol no fim de semana, o ex-presidente vai passar o dia praticamente sozinho. A única pessoa que verá é o agente da PF Jorge Chastallo, o principal responsável pela cela do preso.
Durante a semana, a rotina de Lula foi quase a mesma de sempre, visitas de seus advogados curitibanos duas vezes ao dia, e da família. Na quinta-feira quem passou por lá foi seu irmão Frei Chico e a filha Lurian. As visitas que fugiram à regra vieram na também quinta, o procurador aposentado Afrânio Silva Jardim e o jornalista Juca Kfouri. Emocionado com o encontro, Silva Jardim foi animado por Lula. O ex-presidente disse que o momento não era para choro, mas luta.
Ao longo da semana, o petista falou sobre o julgamento de seus recursos que estão parados no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Sua defesa pediu para que o caso do tríplex vá para a Justiça Eleitoral. Lula repetiu que preferia “ficar preso com dignidade a ser solto como um rato”. Disse que espera que a justiça faça sua parte. Não foi uma menção casual. No início da semana, o ex-presidente mostrou indignação ao ver o ministro do STF Luís Roberto Barroso no mesmo evento que o procurador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.
Mas nem tudo é lamento na vida do líder petista. Ao fazer um balanço do último ano, diz que nunca leu tanto na vida. Foram mais de 25 livros. Hoje, tem na cabeceira “O Alufá Rufino”, de João José Reis, e “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu. (Com informações Blog Bela Megale/O Globo).

Nenhum comentário:

Postar um comentário