segunda-feira, 5 de novembro de 2018

MULHER PROCUROU ATENDIMENTO EM PRONTO SOCORRO EM SOROCABA-SP, APÓS DISCUSSÃO COM GUARDA MUNICIPAL LEVA TIRO DE TASER.


Secretária diz ‘causar estranheza’ repercussão de agressão no PA

Foto: reprodução/vídeo
A secretária de Saúde de Sorocaba, Marina Elaine Pereira, realizou uma transmissão ao vivo, na página oficial da Prefeitura de Sorocaba, neste fim de tarde de sábado (3), para se posicionar a respeito do episódio de uma paciente ter levado um tiro de arma de choque enquanto denunciava a falta de médicos no PA do Laranjeira e demora no atendimentoAssista abaixo
A Corregedoria do Município informou ter instaurado processo investigativo para apurar as responsabilidades sobre o caso.
No vídeo, ela tratou o caso como “isolado e lamentável” e ainda afirmou que o tempo médio de espera para este sábado era de 15 a 20 minutos. “Não tem tempo de espera absurdo, como às vezes ocorre em planos particulares”, defendeu-se. A chefe da pasta frisou ainda que havia quatro médicos atendendo o plantão, apesar de Célia Ramos (a mulher que levou o choque) ter mostrado salas vazias na unidade. Um médico que aparece no vídeo ao lado da secretária disse que, inclusive, estes médicos aparecem no vídeo gravado pela mulher que levou o choque.
Quem aparece no vídeo, também, é o médico que surge nas gravações de Célia chamando-a de “louca”. Para ele, o Guarda Municipal agiu “como deveria”. Ele alega que, no momento, ela “não teve a paciência de esperar 15 minutos”. “Nós, médicos, ficamos acuados com toda essa situação. Ficamos trancados no conforto médico esperando que ela se acalmasse. O Guarda Municipal interveio e agiu como deveria”, relatou.
Segundo Marina, o PA do Laranjeiras faz em média 13 mil atendimentos por mês. Ela volta a falar que o tempo médio de espera é de 15 a 20 minutos. “Episódio lamentável. Causou estranheza um episódio desse ganhar toda essa repercussão. Não há como burlar. Os número estão aqui para quem quiser comprovar”, finaliza ela.
O caso
Célia aguardava na unidade de saúde para ser atendida, por volta das 14 horas deste sábado, quando iniciou uma transmissão ao vivo, pelo Facebook, para reclamar da demora no atendimento. No vídeo, ela acessa as salas em que ficariam os médicos e mostra os locais vazios. Ela reclama que não há profissionais o suficiente para atender os pacientes que aguardam por atendimento. “Estou no P.A Laranjeiras passando super mal. Já me informei na frente. Era para ter quatro médicos de plantão. Já visitei todas as salas. Olha isso. Cadê os vereadores para verem uma coisa dessa? Um absurdo desse? Pessoas passando mal”, reclama.
Por volta dos 5 minutos do vídeo, um homem, provavelmente médico, aparece e a chama de “louca”. Em seguida, aparece um Guarda Civil Municipal. “A senhora está provocando”, afirma o guarda. “A senhora precisa procurar a prefeitura. Quem a senhora pensa que é para gritar?”, continua ele. Logo em seguida, ele aumenta o tom de voz e exige que ela desligue o celular. Ela recusa e então é atingida pela arma de choque e cai na sequência. A mulher chora de desespero afirmando que a arma acertou sua hérnia.
O caso foi registrado no Plantão Policial Norte.

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