domingo, 24 de fevereiro de 2019

VENEZUELA ESTA CATUCANDO A ONÇA COM VARA CURTA.

Manifestantes entram em confronto com militares venezuelanos na fronteira brasileira

Militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e imigrantes venezuelanos que estão em território brasileiro voltaram a entrar em confronto no início da tarde deste domingo na fronteira entre os dois países em Pacaraima, Roraima. A confusão começou depois que um grupo de manifestantes insultou militares e queimou uma foto do ex-presidente Hugo Chávez. Os guardas responderam avançando sobre eles com veículos blindados, lançando bombas de gás lacrimogêneo e atirando com bala de borracha. Os manifestantes então atiraram pedras e devolveram as bombas de gás que conseguiram pegar no chão.
Após os confrontos, a força-tarefa do comando do Exército que está no local decidiu montar um cordão de isolamento do lado brasileiro da fronteira, com membros da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e da Força Nacional.
A confusão teve início às 12h50, depois que os venezuelanos atiraram pedras nos militares do seu país e terminaram de destruir um posto militar venezuelano que foi incendiado na noite de sábado. Antes, os manifestantes haviam atirado pneus queimados contra os militares, enquanto gritavam palavras de ordem pedindo o fim do regime Maduro maduro e que os integrantes da GNB abandonassem seus postos e se juntassem à oposição liderada por Juan Guaidó, que se declarou presidente interino em 23 de janeiro e foi reconhecido por 50 países, incluindo o Brasil.
Bombas caíram em território brasileiro, e o coordenador operacional adjunto da força-tarefa criada na semana passada pelo governo brasileiro para enviar ajuda à Venezuela, o coronel Georges Feres Canaã, foi até a fronteira. Ele pediu aos manifestantes que não devolvessem as bombas de volta, e quase foi atingido por uma delas.
O grupo de manifestantes venezuelanos é acompanhado por deputados opositores que estão na região. Luis Silva, deputado da Assembleia Nacional pela Ação Democrática, voltou a pedir mais ajuda do governo Bolsonaro.
— A ajuda humanitária que chegou aqui na fronteira teve que ser protegida pelo Exército brasileiro, depois que alimentos e medicamentos que entraram no país foram queimados em Táchira por funcionários do Exército venezuelano. A estratégia está sendo reavaliada e amanhã (segunda-feira) o presidente Juan Guaidó (autoproclamado presidente interino) se reunirá com o Grupo de Lima. Mesmo assim, quero garantir que a ajuda humanitária chegará sem dúvida nenhuma — afirmou ao GLOBO — Estamos muito agradecidos ao governo Bolsonaro, mas estamos pedindo mais.
Após uma reunião de emergência do comando da força-tarefa, decidiu-se montar um cordão de isolamento do lado brasileiro da fronteira. Do outro lado, três blindados da GNB estão posicionados a 50 metros da linha divisória. Um militar do Exército brasileiro utilizou um megafone para se comunicar com militares venezuelanos que se se aproximaram do limite da fronteira e informou que o cordão de isolamento foi formado “somente para garantir a integridade das pessoas”.
“A fronteira não está fechada (do lado brasileiro). As pessoas que quiserem atravessar podem fazer isso em pequenos grupos.”
A fronteira está fechada desde a última quinta-feira, por ordem do governo de Nicolás Maduro. No sábado, os militares da GNB impediram a passagem de dois caminhões de pequeno porte com alimentos enviados pelos governo brasileiro e americano a pedido da oposição venezuelana. A operação faz parte de uma articulação da oposição venezuelana, dos Estados Unidos, do Brasil e da Colômbia para levar os militares americanos a abandonar a lealdade a Maduro.

O Globo

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