sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Flávio Rocha rebate críticas e repete que governo federal ‘toma dinheiro do cidadão’ para pagar supersalários aos poderes


O empresário potiguar Flávio Rocha, diretor-presidente do Grupo Riachuelo, foi para o facebook se posicionar sobre as críticas que recebeu depois da entrevista que concedeu ao Estadão, criticando – jááá – o governo federal.
Na resposta que dá, mais críticas ao governo Temer, ao qual identifica como o governo ‘Robin Hood’.

 


Continua Flávio em seu facebook:
Diziam que a nossa empresa havia sido condenada por utilizar trabalho escravo e que uma de nossas colaboradoras era forçada a colocar elástico em 500 calças por hora (uma a cada sete segundos). Um desrespeito a uma das quinze maiores empregadoras do Brasil e à mais elementar aritmética.
A Riachuelo ou qualquer empresa pertencente ao grupo nunca, jamais, foi autuada ou condenada por trabalho escravo. Isso é uma falácia criada seguindo a teoria de Joseph Goebbels, o ministro de propaganda de Adolf Hitler e que em tempos de redes sociais é mais praticada do que nunca.
É preciso diferenciar uma ação trabalhista com base na legislação vigente e uma questão humanitária gravíssima de trabalho escravo. No blog de Leonardo Sakamoto, no UOL, já foi muito bem assinalado quando se comentou uma questão relacionada à um de nossos concorrentes: “Se tudo for trabalho escravo, nada na verdade é”. Nossa empresa, criada há setenta anos por meu pai e que orgulhosamente presido há mais de dez anos, foi escolhida, pelo terceiro ano consecutivo, como uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil.
Para ilustrar, eu cito o exemplo do Processo ARR-1087-78.2014.5.21.0005 movido por uma ex-costureira da empresa. Nele, o Tribunal Superior do Trabalho, em sua Oitava Turma, absolveu a Guararapes Confecções S.A. de pagamento de indenização. 
Ela alegava ter desenvolvido tenossinovite dorsal e síndrome do túnel do carpo. Isto em decorrência de suas atividades profissionais. A decisão foi unânime. “A Turma afastou a aplicação ao caso a responsabilidade civil objetiva, que prevê a obrigação de indenizar, independentemente de culpa, quando a atividade, por sua natureza, implicar risco.”
Ainda de acordo com o Tribunal, “a costureira afirmou que o ambiente de trabalho era de intensa pressão, e que isso, somado ao fato de trabalhar em sobrejornada, resultou no surgimento dos problemas. A empresa, de seu lado, negou a relação entre a doença e as atividades realizadas pela costureira, e sustentou que “sempre primou pela melhoria nas condições de trabalho e de seu parque fabril”, apresentando documentos sobre programas de controle de saúde ocupacional, normas internas de segurança e orientações sobre a obrigatoriedade e uso de equipamentos de proteção, manuseio de maquinário, ginástica laboral e isso de calçados”. Por fim, o TST afastou a responsabilidade da empresa e excluiu o pagamento de indenização.
Para finalizar, gostaria de explicar o que significa a expressão usada por mim 
“O mito do Estado Robin Hood”. 
O Estado Brasileiro, ao invés de realizar um papel de distribuição de renda, tornou-se uma espécie de Robin Hood às avessas. 
Um Estado que toma dinheiro de seus cidadãos comuns, através de impostos exorbitantes, com um retorno mínimo, e paga a sua elite de privilegiados do Executivo, Legislativo e Judiciário super salários que pesam aos contribuintes mais de 20 bilhões de reais por ano. 
Esse é o nosso Robin Hood atual. E isso precisa acabar. Tem gente que acumula aposentadorias, falseia pensões, coleciona benefícios. Enquanto isso, uma boa parcela da população tem de se contentar com R$ 800 de aposentadoria. Será que a conta não está errada? Será que o Estado brasileiro não precisa rever o seu conceito de casta privilegiada?

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