quinta-feira, 20 de dezembro de 2018



Lula tratou com cautela decisão de Marco Aurélio e evitou arrumar as malas

Lula está preso em Curitiba desde o mês de abril (Foto: Reprodução)
A decisão do ministro Marco Aurélio de Mello de mandar soltar presos condenados em segunda instância foi recebida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com cautela. O petista não comemorou a iniciativa que poderia beneficiá-lo, segundo interlocutores. Em meio ao processo que se arrastou até o fim da noite desta quarta-feira, 19, quando o ministro Dias Toffoli derrubou a decisão, Lula sequer arrumou sua mala.
Com quem conversou, Lula se mostrou aparentemente sem expectativa de deixar a Polícia Federal de Curitiba, onde está preso desde abril deste ano.
Durante parte do dia, Lula ficou reunido com um de seus advogados. “Em momento algum ele acreditou”, contou um aliado, que mantém contato com a equipe de advogados do ex-presidente.
A cautela adotada pelo ex-presidente foi justificada por outro episódio frustrado de tentativa de libertação. Em julho, o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF4) Rogério Favreto também mandou soltá-lo. Depois de forte reação dos procuradores da Lava-Jato, a ordem foi cassada por Thompson Flores, presidente daquele tribunal.
Ainda assim, a possibilidade de libertação do petista gerou tensão na PF. Telefones não pararam de tocar. O clima se acalmou apenas à noite, quando já era dada como certa a suspensão da liminar de Marco Aurélio.
O ex-presidente deve celebrar o Natal antecipado com seus familiares nesta quinta-feira, 20, dia reservado para visitas de parentes e amigos. A PF não permite a presença de parentes nem cardápios especiais durante os feriados.
Um grupo de petistas irá nesta quinta para Curitiba para fazer um ato no acampamento erguido em frente à PF de Curitiba em apoio a Lula. Entre os integrantes da comitiva estão a presidente do PT Gleisi Hoffmann (PR) e o deputado federal Paulo Pimenta (RS). O evento já estava marcado antes da decisão de Marco Aurélio Melo.
Policiais da carceragem de Curitiba relatam que o local ficou em polvorosa com a liminar concedida pelo ministro do STF. Como quarta-feira é dia de visitas, exceto para Lula que as recebe as quintas-feiras, familiares dos presos comemoraram a decisão na sala de espera do PF acreditando que eles poderiam ser soltos. (Com informações O Globo).

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